segunda-feira, 21 de maio de 2012

Continuando...

Sou o seu desejo ainda reprimido
A carta que mais gosta de ler.
Os seus sorrisos de canto de boca.
As suas gargalhas sarcásticas. E, deliciosamente, um alimento vivo para a tua arte. Atrevo-me a dizer que para cada gole teu de café, há um pensamento “leva e trás” de troca.
Vamos criando desbloqueios minuto a minuto, descobrindo falhas, superando as bordas que nos trazem limites e distância. Aliás, distância? Confesso que não consigo enxerga-la. Acredito muito mais na relação espiritual, intelectual, emocional que na aproximação física.
Afinal, muito mais do que um abraço, você me toca.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Energias

Sou um desafio perturbante pra você.
Sou exatamente a pessoa ideal para te atingir.
Tenho a dose certa para a tua confusão.
Sou quase um Deus nos teus sonhos que insistem em levar a minha imagem ao seu consciente.Tenho sido também, o sabor que tu mais gosta: Chega a lamber os dedos ao contemplar minhas qualidades!
É verdade que temos semelhanças, uma densa ligação e conflitos espirituais para serem resolvidos por essa janela a fora e eu não descarto a capacidade que temos de surpreender nosso falso desejo - frustrado - de nos odiarmos.
Sou a utopia que te inspira.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Um Pedaço de Mim

Costumo dizer que sou noturna. Afinal, eu escrevo, leio, estudo, interpreto músicas, penso, ouço, sinto e faço samba-e-amor muito melhor durante a noite. E não há uma noite sequer que eu não me autoanalise, reflita e reveja os meus conceitos - exorbitantemente férteis. Todos já reconhecem a minha “queda” pelo excesso: Sou bastante exagerada sendo eu mesma, e lamento por quem ouse mexer no meu queijo. Vaidade? Talvez. Ter um espelho revelador de si próprio tem lá os seus bônus. Mas a principal questão é que eu tenho gostado cada vez mais de ser quem eu sou: Noturna, exagerada, analítica, dramática, neurótica, educada, verdadeira e, sobretudo humilde. Sim, descobri uma humildade vinda de berço pairando pelos meus pulmões mascarados com gritos, mágoas e uma pseudo-arrogância que é mais um mecanismo de defesa (Freud explica!) do que uma arma apontada para os cérebros facilmente manipulados. Quando digo que sou humilde, estou dizendo que sei chorar, ora! Sei pedir desculpas, também. Abro mão do ultimo pedaço de bolo – aquele pelo qual o meu namorado olha e saliva de uma forma encantadora. Fico feliz em dar um abraço de boas-vindas a um aluno novo em minha turma. Sinto-me lisonjeada quando dizem: “Sua irmã é ainda mais bonita que você!” Também sei abaixar a cabeça diante de uma bronca vinda de quem me quer bem (ou não!). Sou daquele tipo de pessoa que ganha um 10 na prova e gostaria, gentilmente, que todos também ganhassem uma excelente nota. Peço licença, por favor, sorrio e agradeço olhando nos olhos. É, faz parte de mim, olhar nos olhos do morador de rua, do porteiro ou do meu ginecologista: Nunca deixei de olhar em seus olhos! Não é um clichê inadequado quando o ditado diz que “as pessoas verdadeiras olham nos olhos da outra”, é verídico. Não é que todos que olhem nos olhos sejam verdadeiros, mas os verdadeiros olharão com toda certeza.

Estou longe da “politicamente correta”, mas eu me esforço pra ter bom senso, sabe?

É uma das vantagens que a rica e pura psicologia traz.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O melhor dos vinte

Há quem passou pelos 20 e dele não saiu. Há também quem passou por ele e nem sequer sentiu. Há quem o reviva todos os dias e quem o deprima em demasia. Eu apenas cheguei, sem freios e/ou acelerador. Que essa nova fase e incômodo seja a minha libertação. Sinto o vento corroer a minha pele, o meu coração está mastigado pela vontade de experimentar. A minha alma ansiosa e revivendo sensações. Sorrio por dentro, clamo por amor, espero por paz. Meus pensamentos estão caminhando pela estrada de respostas, ainda obscuras. É preciso achar o fim? O que eu sei bem é que saber, dói.