sábado, 23 de abril de 2016

mais do mesmo

O sentimento que me toma agora é esse silêncio cru, o azul do luto que não irá sarar. É essa imagem de zebra psicodélica que assombra meus passeios mentais, junto ao suor frio sem alguma excitação. O desespero que me rege no momento é essa lamentação contínua, não colorida, enraizada pela indignação e falta de localização. Não me conformo. É como se, diariamente, precisássemos parir a nós mesmos e eu não quero saber de me parir - nem de partir. Para onde parte o pranto e os olhos seus que não verei mais num outro tempo? Para onde vai a voz que o mundo esfomeado ouvia? Eu não sei me comunicar em um meio onde você não respira, não sei lidar, contudo eu lido, e não quero. Não dá para explicar para a frustração o excesso desse egoísmo torpe e inútil - ela que se vire! De costas, de lado, de frente ou de bruços: o nada ainda é o mesmo. E fere!


 Fonte: Google.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

só minha

Não nasci, levantei vôo. Não engatinhei, apalpei o chão. Não falei uma mera-palavra, pus no mundo uma voz ativa. Não chorei, derramei lágrimas de emoções intensas. Não sorri apenas, mas senti o milagre da existência em minha consciência. Não sou mulher, sou milhares. Não sou careta, sou vulcão.

 
Fonte: Google.