Compreendo os desencontros da vida, mas não entendo a falta de visão, a incapacidade de reconhecer um amor. O que está havendo? Qual o problema? É tão difícil assim se entregar? Eu cheguei à conclusão – da forma mais estúpida possível – que eu não devia ter nascido nessa época e nem nesse país, para me poupar de ouvir, ler e ver coisas absurdas. Eu sou pele, coração e alma e essas pessoas que não se surpreendem com um carinho, que não se interessam pelas características internas de alguém, e nem sequer sabem a sensação de se relacionar, envolver e persistir numa ligação que poderia ser demasiadamente especial, o que há com elas?
Aprendemos a amar desde pequenininho com papai e mamãe e com o passar do tempo simplesmente rejeitamos qualquer sentimento bom por medo, incompetência e falta de coragem. Agora, alguém com a percepção melhor que a minha, me explica... Qual o sentido da vida, senão se encontrar, se tocar, se apreciar? Eu sou a favor da relação! Eu sou de um mundo – particular que seja – em que as pessoas trocam experiências, se contemplam e admiram-se sem pudor ou restrições, afinal faz parte da sobrevivência. Por isso eu digo e repito: Eu quero amar assim devagarzinho, suave e eternamente. Quero aproveitar cada minuto de existência que me foi dado, milagrosamente, nessa vida (sem reservas!).