segunda-feira, 16 de julho de 2012

Contradizendo

Nunca, jamais, tenha "certezas" sobre mim. Não ache, não especule, não suponha. Perderá seu tempo apostando míseras fichas, criando conclusões imaginárias e não fundamentadas. Corra do risco de se frustrar, de se decepcionar e de não se premiar ao final do show. Sou o escândalo calado. A faca cega. A língua pequena, mas afiada. A dor sem início e sem fim. Tenho a aura em preto e branco. Minhas lágrimas são uma demonstração de gozo, já no riso eu despacho todo o sarcasmo. Faço conta com os dedos, mas dispenso a matemática. Herdei a sensibilidade exacerbada, o coração em carne viva, os pensamentos desorganizados. Respondo ao nome de Paradoxo. Vivo!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Vazio

Não tenho nome, endereço nem números. Sou um espírito em chamas perambulando pela terra, comendo muito mal, dormindo muito mal e sobrevivendo aos fantasmas vestidos de pele.
Sinto uma pura falta de quando achava isso tudo aqui um grande espetáculo e me arrepiava a cada nova-cena.
Hoje (risos)... Dou gargalhadas trêmulas de desgosto e temor. Sinto-me a protagonista da piada, o palhaço sem pintura, sem graça e sem o seu nariz vermelho. Um escritor sem inspiração, um cantor que perdeu para sempre a voz ou até mesmo uma flor, mortinha.
Questionada sobre os "porquês" de tanta melancolia, olho bem profundo para os olhos do (os) interrogador (es) e lhe(s) digo: Você lá tem as respostas para as tantas decepções vividas em seu mundo? Essa é a minha paz! Essa é a minha sobrevivência. Me larga! Deixa-me respirar até onde der.