Uns morrem, outros nascem. Uns caem, outros levantam, uns comem, outros sentem fome, uns choram, outros sorriem...
A vida é uma grande e cômica repetição e somente nós mesmos podemos nos curar dessa melancolia vivida dia após dia. Para uns é mais fácil ou cômodo acreditar na frase "Jesus te ama" para diminuir a intensidade do vazio e da dor que ele provoca em seus peitos. Mas ninguém esta isento da lastima, do enlutamento, da dor do existir e da piada de ter que manter a cabeça erguida em frente aos amigos, a cara lavada no trabalho, o coração batendo e os dentes à mostra, literalmente sobrevivendo aos dias. A religião é o mais arcaico refugio de nós - pobres coitados - cheios de arrogância e moralidade, mas nenhuma malícia contra as barreiras mentais. Então abdicamos do mínimo de inteligência que possuímos até abrirmos as pernas para o bom e velho “merthiolate” sentimental.
Confesso, carecemos da tal fé. Mas concordo com Raul Seixas que no alto da sua não-ignorância cantou: "... Queria ter nascido burro, assim não sofria tanto.".
... as palavras precisam de braços, energia pura e coração aberto para que entrem e se façam penetrar.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Sabor diferente
Estou libertando-me dos clichês de outrora. Estou fascinantemente atraída pelo incomum. O casual me dá náuseas e mal estar. O obsoleto me cansa, me seca, machuca. Estou interessada no distinto, na novidade a moda antiga. Estou pronta para o amor não idealizado, para o encontro não planejado, para a experiência não saboreada. Estou afim daqueles livros ainda não lidos, dos vinhos não bebidos, do carinho não sentido. Gosto da repetição quando se vale a pena, gosto de me apegar ao que desperta o meu prazer, mas não me venha com normalidades e “regras da sociedade”.
Quero ouvir os teus segredos íntimos, descobrir o escondido.
Quero ir à Europa e conhecer outros artistas. Espiritualizar-me e devorar a vida, me desfazer de toda e qualquer coisa que – para mim – é inutilizável, inconveniente e descontente. Quero olhar e morder os lábios, tocar e sentir através das mãos a ponto de acariciar/cutucar a alma, ouvir e deixar que o som incorpore. Ora, poupe-me do que já foi dito e redito e deixe-me tomar quantas doses eu quiser dessa sensação oculta.
Quero ouvir os teus segredos íntimos, descobrir o escondido.
Quero ir à Europa e conhecer outros artistas. Espiritualizar-me e devorar a vida, me desfazer de toda e qualquer coisa que – para mim – é inutilizável, inconveniente e descontente. Quero olhar e morder os lábios, tocar e sentir através das mãos a ponto de acariciar/cutucar a alma, ouvir e deixar que o som incorpore. Ora, poupe-me do que já foi dito e redito e deixe-me tomar quantas doses eu quiser dessa sensação oculta.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Devagar...
A leitura liberta, o amor distrai.
A canção acalenta, o carinho sustenta.
A voz suplica, o sussurro alivia.
O desejo aumenta, o sufoco entra.
A lembrança enfraquece, o tormento enlouquece.
A contradição estende-se destruindo falsas verdades
e a gente entende quão desastrosa é a nossa velocidade.
A canção acalenta, o carinho sustenta.
A voz suplica, o sussurro alivia.
O desejo aumenta, o sufoco entra.
A lembrança enfraquece, o tormento enlouquece.
A contradição estende-se destruindo falsas verdades
e a gente entende quão desastrosa é a nossa velocidade.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Livre
Me doem livros
Me deem livros
Me livro do que não for livre
Me livre do que não for lido
Lido com as labutas e deslizo na literatura
Me livre, livro, de tudo que não for literal.
Me deem livros
Me livro do que não for livre
Me livre do que não for lido
Lido com as labutas e deslizo na literatura
Me livre, livro, de tudo que não for literal.
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