terça-feira, 30 de julho de 2013

Se nos refizéssemos...

Se pudesse haver outro jeito, outra forma de renascer. Se pudéssemos voltar atrás, recorrer. Se pudéssemos trocar de pele, sermos mais fortes e inabaláveis. Se não existisse tamanha sensibilidade, tristeza e preocupação. Se conseguíssemos não sofrer com palavras e desencontros, se não resistíssemos ao reencontro. Se a mente não trouxesse à tona lembranças ruins e a memória fosse amiga, cúmplice e piedosa. Se o peito não doesse e o coração não sangrasse... e se dos olhos não jorrassem lágrimas e da boca não vomitasse o paradoxal desespero. Se o estômago não remexesse e os pensamentos não maltratassem, se viver fosse plenamente poético e o lúdico prevalecesse... 


Fonte da Imagem: Google.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

No ritmo

De passo a passo eu me corrompo em teu compasso e me amarro com teu laço. Me corrompendo, eu me envolvo em teu corpo em coro ao choro... me submeto e te enlouqueço com a revolta do perdão. Subo e desço a escada da razão, superestimo as desgraças da emoção. E as tranças das dúvidas tão embaraçadas se descabelam com a ternura da nossa afeição. Engulo com veemência os prazeres desse trato e te destrato, como manda a canção.