quinta-feira, 28 de abril de 2011

Devaneio

Freud explica. E ainda assim, pessoas com o senso comum aflorado e os seus próprios sentidos reprimidos pela alienação exacerbada, não tem o poder da percepção, entendimento, esclarecimento. Vivem na escuridão, à sombra de outros, vazio - aparentemente. Costumam mostrar autoestima perfeita, vida e pensamentos bem resolvidos, no entanto não passam de "deuses das duvidas". Quase nunca ficam em silêncio. Não se encontram em sua própria companhia e não sabem, nem imaginam, a essência de Ser. E por ser, Sentir.
 
29.11.2010

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Gota de inspiração.

A fonte da minha inspiração está vazia, seca. E eu estou com sede!
Será que algumas palavras afogadas trazem de volta o meu alimento? Estou ficando sem forças... Um pouco mais de fraqueza e não sobrará nem mais um pedaço. Uma gota, ao menos, salva o brilho que já não dá o ar da graça faz tempo. Eu prometo deixar de ser insaciável, mas tenha dó, ninguém foge tão depressa assim de sua essência.  


"Pretendo descobrir no último momento um tempo que refaz o que desfez".

*Frase de chico, para sempre, o incomensurável Chico.

domingo, 24 de abril de 2011

Num gole só

Logo eu, que digo não gostar de coisas mornas, me encontro assim, numa vida absolutamente morna. Nada de pouco ou muito acontece, quando acontece. Estou farta da mesmice, do nada, do quase, do se.
Tenho demonstrado estar distraida, quase feliz, ou uma infeliz conformada. Mas tudo o que toma conta de mim neste momento é a insatisfação. 
Eu quero de volta o exagero que sempre me acompanhou. O excesso, que de longe era o meu melhor aliado. Admiro em demasia a intensidade dos detalhes para viver assim, sem emoção, e para conviver com pessoas que nem sabem o significado dessa palavra.
Quero chorar, gritar, sorrir, amar, gozar, odiar, engolir, vomitar, me estapear, tudo isso de uma vez só, pra testar se diminui o tamanho do meu desespero.
Alguém acha a minha "expectativa", mesmo que frustrada, dilacerada e inútil aí pelo chão? 


terça-feira, 19 de abril de 2011

Não tenho estrutura.


Para onde fugiu o "semancol" de alguns seres humanos? Como é possível perder completamente a noção de determinados princípios? Não faço apologia ao moralismo, mas corro longe da "falta". Falta de conteúdo e bom senso.
Sinto náuseas diante de apelações, caminho firme na consciência de que ausência de amor-próprio deveria ser questão de saúde publica. Ser imoral é tragável, não ter senso é... Socorro! 


Dai-me sutileza, Senhor. E estômago também, para engolir sapos tão grandes...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Inadmissível



Hoje é um daqueles dias em que eu faço jus ao que diariamente prego: Sóbria, sã, transpirando intuição. Sem sono, no entanto com fome, sede, força e coragem. "Defeitos" e "qualidades" passam longe de conter características que me descrevam. Nunca descobri nada que lesse, ou ao menos desconfiasse dos milhares de conflitos internos que preenchem o meu ser. Alias,  "cabeça-dura"... essa sim, me cai como uma luva.(Não, eu não admito! É somente o que dizem,ora...)
  


"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro."

sexta-feira, 15 de abril de 2011

É, morena!

Fui sobressaltada por uma irresistível vontade de ceder um cantinho, um tanto quanto especial, para Marcelo Camelo:  


É, morena, tá tudo bem
Sereno é quem tem
A paz de estar em par com Deus
Pode rir agora
Que o fio da maldade se enrola
Pra nós, todo o amor do mundo
Pra eles, o outro lado
Eu digo mal me quer
Ninguém escapa o peso de viver assim
Ser assim, eu não
Prefiro assim com você
Juntinho, sem caber de imaginar
Até o fim raiar
Pra nós, todo o amor do mundo
Pra eles, o outro lado
Eu digo mal me quer
Ninguém escapa o peso de viver assim
Ser assim, eu não
Prefiro assim com você
Juntinho, sem caber de imaginar
Até o fim raiar.

"Ah, nem! Ah, não! Ah, nem dá!"

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Sem romantismo. Com açúcar e mel(ancolia).

Reclama-se da dor. Mas quando ela dá uma trégua, sentimos saudades da emoção que ela nos trazia, do calafrio, das lágrimas nos olhos, do sorriso amarelo e da melancolia. E agora, sem doer, onde foram parar os meus sentimentos? Estão escondidos juntos da sumida-dor. 
Dor, dói devagar, mas não me deixa sentir falta (até) de mim.




"Estou me transformando aos poucos num ser humano meio viciado em solidão." 
Caio F. Abreu

Submundo

Um título clichê, para um assunto clichê com um texto nada complexo ou incomum. Veja bem,ao expandirmos a nossa imaginação, ela sopra aos quatros ventos: Pensamentos, ideias, (fora de ordem) desespero e lembranças. Diante disso, a minha primeira conclusão é de que não sou vazia, existe coisas aqui dentro. "Coisas"!
Daí então passo a pensar no que gosto, no que não gosto e em concluir tarefas que sejam fieis à minha vontade, para meu extremo e exclusivo prazer. Aprendo a lidar com dificuldades, a domar sentimentos e a criar uma personalidade ímpar, individual. Amadureço e me dou conta do mundo em que vivo. Ops! Mundo? É, é esse o nome que lhes dão. E isso que chamam de "mundo" é preenchido por: Ingratidão, inveja, desigualdade, futilidade, soberba, sentimentos que uma palavra define bem, "desamor".
Lamentar, respirar, andar, dormir e acordar são as (não)atitudes que nós tomamos, por falta de coragem, pulso firme e crença, logo que, nos contaminamos com o resto das pessoas já infectadas e sem previsão de cura. Não há remédio. Há nós, menoria, conscientes, cheios de traumas e a constante dor do "se...", espiritualizados e cheios de vontade. Porque "fé" e "esperança", ah, meu caro, isso não há mais.



"E agora o amanhã, cadê?"