quinta-feira, 21 de junho de 2012

Sabor diferente

Estou libertando-me dos clichês de outrora. Estou fascinantemente atraída pelo incomum. O casual me dá náuseas e mal estar. O obsoleto me cansa, me seca, machuca. Estou interessada no distinto, na novidade a moda antiga. Estou pronta para o amor não idealizado, para o encontro não planejado, para a experiência não saboreada. Estou afim daqueles livros ainda não lidos, dos vinhos não bebidos, do carinho não sentido. Gosto da repetição quando se vale a pena, gosto de me apegar ao que desperta o meu prazer, mas não me venha com normalidades e “regras da sociedade”.
Quero ouvir os teus segredos íntimos, descobrir o escondido.
Quero ir à Europa e conhecer outros artistas. Espiritualizar-me e devorar a vida, me desfazer de toda e qualquer coisa que – para mim – é inutilizável, inconveniente e descontente. Quero olhar e morder os lábios, tocar e sentir através das mãos a ponto de acariciar/cutucar a alma, ouvir e deixar que o som incorpore. Ora, poupe-me do que já foi dito e redito e deixe-me tomar quantas doses eu quiser dessa sensação oculta.

2 comentários:

  1. Farejamos o limiar de tudo isso uma certa vez...

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  2. Viaje para fora de si.
    Conheça e se adapte temporariamente às diferentes culturas.
    Enriqueça suas possibilidades de ser e de estar.
    Vivencie profundamente o ditado:
    "EM TERRA DE SAPOS, DE CÓCORAS COM ELES."
    Sabendo, é claro, de que:
    "NA CASA DE IOIÔ E IAIÁ, AS REGRAS SÃO DE IOIÔ E DE IAIÁ."

    Vá para o mundo.
    Devore o estrangeiro e o estranho como um ABAPORU da pintora modernista TARCILA DO AMARAL, ou seja, como o homem que come carne humana.
    Volte de onde você for e degluta tudo que você aprendeu entre outros povos.
    Depois transforme em algo palatável para nutrir seu temperamento para viver entre os nossos.
    Boa digestão!
    Marta.

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