segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Fantasia

E essa sutil e profunda vontade de romantizar o mundo, me corrói... Ainda tenho a esperança de morar dentro do filme de Woody Allen, de cantar sob as estrelas, andar descalça pelas ruas de Paris, dividir tragos do cigarro com mensagens de amor embutidas neles. Quero conversar pelo olhar, fazer amor por telepatia e contar os segundos para o reencontro. Esqueço que o mal existe, desisto dos planos de vingança, desconheço o ódio e a traição. Como diria Chico Buarque: "Quem brincava de princesa acostumou na fantasia." Mas, convenhamos, é uma delícia, mesmo que por alguns segundos, viver num conto de fadas. Né não? 

Um comentário:

  1. "AGORA EU ERA HERÓI E MEU CAVALO SÓ FALAVA INGLÊS,
    A NOIVA DO COWBOY ERA EU, ALÉM DAS OUTRAS TRÊS..."
    Chico passeou pelo mundo da fantasia de meninos e de meninas e quando JOÃO E MARIA cresceram, já não sabiam o que a vida iria fazer deles, longe do lúdico que os protegia.

    Woody Allen, que brincou e abusou da realidade, casando-se com sua filha adotiva, elaborando suas neuroses através dos seus geniais filmes, parece que amansou com o passar dos anos.

    Chico separou-se de Marieta e namora jovens que poderiam ser suas filhas.
    Woody aquieta-se com aquela que já foi a bebê de Rosemary.

    As coisas foram acontecendo ao sabor do acaso. Não houve programação. Por outro lado, o desejo e a necessidade de ambos, expuseram suas vidas.
    Houve críticas e poucos apoios a princípio. Mas foram absolvidos. Normal.
    É uma licença poética a Chico e a Woody pela arte que os dois deixam de legado.
    É um fazer poético!
    Marta.

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