Quero o champanhe, cansei do vinho. Quero o dia, cansei da noite. Quero a nudez, cansei do moletom. Quero o chá, cansei do café - dolorosamente. Quero a sobriedade, cansei da insensatez. Quero o divino, pois o diabólico me esquartejou. Quero dar porrada, já que apanhar me calejou. Quero o mar para navegar, cansei de nadar em você. Quero a plena melodia, cansei das letras frias. Quero a invasão de corpos, almas são cansativas demais. Quero poluir, desnutrir, planejar, racionalizar - deixar guardadas as emoções. Quero o outro lado, o oposto, o não, o bárbaro. Cansei do aqui, do sim, do fresco, do desejo. Cansei de ti, cansei de sentir.
É possível ter uma folga de si?
É possível ter uma folga de si?
esquecer
ResponderExcluireis que ser...
há que ser
natureza
viva
em vida
no quando paz
livre mente faz
não há nome
nem cartaz
ou olhar do outro
há que levitar
sobre o verde
se embaraçar
no absurdo
no infinito
no intocável
no incabível
no invisível
trançados
em si
onde,
horta é lã
é fresca
sentida,
só por existir
faz de cada ponto
desaguar um rio-mãe,
onde há colheita
onde o fruto é a pele
da minha alma
vai idade -
vem tudo -
e venta...
- nortes -
arque eles
deixe ventar
voar é leve
eleve-si
para além
de si
isso é
leve
estar