domingo, 18 de maio de 2014

Intimidade

Abriram-se as portas do céu - do excitante céu. O velho mundo foi desconstruído, há cores nunca vistas antes. Despejaram de lá, outros sabores para as línguas sedentas e atentas, lambuzarem-se. O gosto de pele tão desejado... está à mercê, pronto para ser experimentado. É notório o cheiro dos livros e discos novos que clamam para que sejam devorados, contemplados e serão, do mesmo jeito que usa-se e abusa-se daquela camiseta velha: tão aconchegante, valorizada em noites de chuva e solidão. Acontece que, a música mudou o tom, o perfume humano aflorou, o batom durou. Ouvi dizer que ela reviveu ou se (re)conheceu, talvez. No entanto, ela sabe ser ela mesma e tem sido, cada vez mais, só de sacanagem. 


Fonte da imagem: Google.

Um comentário:

  1. No filme brasileiro O Céu de Sueli, pode-se ver que aquilo que não se mostra é muitas vezes mais cobiçado e desejado. Rifa-se quase tudo, mas é interessante saber a quem se oferecer o bilhete. Vá que o sorteado é qualquer um... O céu some e o saber de si mesma dança...Porque a mente também mente.
    Marta

    ResponderExcluir