quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Sobretudo

Eu tenho milhões de traços e você não sabe da missa um terço. 
Tenho em mim a cor, a flor, o calor e complexo de complô. A insegurança, a insensatez e limite nenhum. Um lado explícito e nítido, outro escondido, reprimido. Um que te conto, outro te aponto; alguns, são os outros que dizem. Tenho uma face à mostra, composta e outra, - aquela que escondo em meu quarto - é bem medrosa. Vou perambulando entres os seres, atribuindo prazeres e desenvolvendo escudos. Sou vítima, réu, culpada, sou ingenuamente influenciada, sou humana. Alimento paranoias, cuspo ciúme, gargalho alegria, trago a dor e gozo a satisfação. A subjetividade me ajuda a viver e esse é um ponto forte. É com uma partícula subjetiva de "mim" que me fortaleço, me aceito, me respeito. E me fortalecendo, me aceitando e me respeitando: fortaleço, aceito e respeito o outro.

Um comentário:

  1. Original este título: SOBRETUDO.
    Interessante é que também SOBRETUDO é um casacão grande e pesado que abriga nosso corpo e que nos protege do frio cortante ao mesmo tempo que envolve um ser que só Deus sabe o que realmente se esconde ali debaixo.
    Marta.

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