sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Nua

Gosto de gente e de bichos, de argolas, de samba, de amor e de fazer birra. Sou dessas que gargalham sem pudor, comem sem pena ou rancor e ainda bebem cerveja pra comemorar. Coleciono fotos antigas, subo no meu próprio palco pra expor as verdades que julgo limpas. Dou uma varrida no passado, mas nunca deixo de lembrar que o que está no "lixo", pertenceu a minha vida algum dia e que todas as fases e momentos merecem respeito. Tenho a pele tão sensível quanto o coração, sinto cheiros à distância e um toque é tão relevante quanto um susto, de tão arrepiante. Meu pavio curto é mais famoso que ator global, mas tenho trabalhado à paciência com os anos (chego lá!). Sou inquieta, desassossegada, perturbada; meus pensamentos, reflexões e questionamentos jamais me deixam em paz, nem durante o sono. É quase como uma corrente de energia, sabe? Mas enquanto houver música, lua, textos e memória, aqui estarei: Viva!  

3 comentários:

  1. Muito bom, Min! Parabéns de novo.. De um momento aparentemente vazio, vc encontrou a inspiração em vc.. Nua de alma..

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  2. A voz que sussurra ao longe, cantante como um pássaro em dias de primavera e que nos guia para as entranhas do sentido do texto me é tão familiar, tão humana, tão verossímil, tão próxima, tão furiosa, tão delatora, tão entregue, tão devassa, tão sua, tão nossa, tão nua... que chega a se materializar... é quase como se eu pudesse sentir sem tocar!! Estarei sempre ouvindo (lendo) essa voz que grita buscando o sentido do abstrato - duro e empedrado de nós mesmos!!

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  3. Maturidade vem com o tempo.
    Madureza é uma dureza.
    Viver para crescer.
    Vem aos poucos.
    Você chega lá.
    Sem birras!
    Marta.

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